Trabalhaste
Até aquela hora
Em que alguém veio
Sorrateiro
E te levou
Eras o carpinteiro com tudo preparado
Desde o betume
Ao formão
Assim alguém veio
Sorrateiro
E te levou
Era Setembro
Tempo de vindimas
Alguém precisou de ti
E te levou
Para acertares as dornas
Que há no céu
E a um canto ficou
O betume
E o formão
Mas o vinho
Já não ferve
Nas mesmas dornas
E a prensa espreme
As últimas lágrimas
Do vinho amargo
Da saudade
Adeus
(1ª canção da terra – a meu pai António, 09/95)
Aurelino Costa
“Na
Raiz Do Tempo”
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