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27 de dezembro de 2013

Makamba, poema

makamba

palavras aos meus amigos em dia do meu aniversário

quando escuto estas vozes
folhas da mesma palma,
quando leio estas frases
gérmenes da mesma alma,
vejo-me e sinto-me rei
de um país deserdado.

rostos d'halo luminoso
são a lente diáfana
a limpidez da memória
que me traz d'outro espaço
vetusto tempo venturoso.

salmo
fado ou batuque
lágrima choro asnidade,

casa
cubata ou tapume,
nada lhes trava a vontade.

trazem no peito amarrado
o génio preso à saudade,
buscam no fel a doçura,
fincam do braço a firmeza
e trazem à tona a verdade.

quando leio estas vozes
lírios da mesma palma,
quando escuto estas frases
rosas da mesma alma,
vejo-me e sinto-me rei
de um país reinventado.

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